quarta-feira, 18 de maio de 2011




RESPEITÁVEL PÚBLICO


E AGORA COM VOCÊS


TEATRO ITINERANTE

COM

O BLOG
TEATRO VIRTUAL
L A P A B R A S I L E I R A
(uma reflexão sobre a arte urbana )

LAPA, Galeria, Teatro e Museu a Céu Aberto. Sobre a sua cenográfica e abandonada arquitetura os grafites são de uma riqueza inquestionável. Eles têm força dramática de carinho, religiosidade, cenário, ator, drama, comédia, tragédia, circo, catarse, conflito, enciclopédia, premonição, ficção, ludicidade, registro histórico, esperança, bom humor, ficção e denúncia contra o descaso e desrespeito para com a pessoa. Falo em especial daqueles que perambulam e tem as ruas como ganho e moradia. Na Lapa a pobreza e miséria fazem o outro show. As culturas coabitam no bairro enquanto os abismos sociais se agigantam assim como os empreendimentos imobiliários.Já ouvi de uma jovem moradora: - Pra que sair da Lapa se o mundo se encontra aqui?
Não sou fotógrafo, mas me vi impelido a registrar aquilo que me encantava e encontrava. Entra em cena uma velha e ultrapassada Olympus que já estava condenada ao lixo devido a um defeito e falta de peça para reposição. Temos que tomar cuidado com a cultura do descartável. Pra alguns, objetos e pessoas se confundem como alvo atenção e tratamente. Consegui conserta-la no Camelódrumo da Uruguaiana.
Passo a fotografar a minha caminhada. Quanto mais fotografo mais aparecem telas. A rua sempre me encantou com a sua multiplicidade de estímulos. Quando me defini pelo blog defini também que as imagens postadas seriam aquelas que estavam no meu caminho. Não fui em busca das melhores e sim daquelas que esbarravam nos meus olhos e coração.
As imagens aqui aparecem sem endereço e a grande maioria sem assinatura ou codificada. São obras de Magos Missionários que oferecem estética artística a envelhecidas e esburacadas paredes. Pura doação.
A rua é mutante e, as vezes, injusta para com a arte. O sumiço de uma tela, motivado pela colagem de cartaz de show, pixação ou demolição de um imóvel fazem parte do jogo. Hoje já foi e amanhã já é passado. Os grafites dão colorido as paredes e carimbam a alma. Cada poesia um grafite, cada grafite uma poesia.


CADA TELA




É ATO,




CENA,




ESPETÁCULO.


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quarta-feira, 11 de maio de 2011