LAPA BRASILEIRA

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sábado, 5 de setembro de 2009

Postado por LAPA BRASILEIRA às 13:19

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PROCISSÃO DE IEMANJÁ DA LAPA ATÉ O MAR

PROCISSÃO DE IEMANJÁ  DA LAPA ATÉ O MAR
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PARTICIPAMOS

2 de fevereiro, mais uma vez o Afoxé Estrela D’Oiá colocou na rua a Procissão Presente de Iemanjá. Nesse dia a comunidade afro-brasileira, em várias pontos do país, festeja Iemanjá, um dos mais importantes legados que os africanos somaram a cultura brasileira. Dona de imenso respeito e culto em todas as classes sociais representa a Grande Mãe das Águas, Rainha do Mar. É a mãe de todos os Orixás e resultado da miscigenação de elementos ameríndios, europeus e africanos.
IEMANJÁ, PARA MUITOS
UMA DEUSA BRASILEIRA
É impossível ignorar a riqueza cultural e ancestralidade histórica que a crença nas Entidades trazidas “ involuntariamente” nos navios negreiros para as terras de Santa Cruz/Brasil contribuíram para formação da nossa identidade cultural.
A Casa de Cultura e Afoxé Estrela D´Oyá, entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade preservar, resgatar e divulgar valores afro e cigano. Atanízia D’Oya, presidente da Casa, é a idealizadora do evento motivada por uma promessa em que pedia o fim de uma enfermidade que comprometia a saúde da seu filho, na época com 2 meses de vida, estando hoje com 35 anos.
Todos os envolvidos no evento e participantes, não tem custos. A única exigência é que esteja vestindo branco ou azul e o não consumo de bebida alcoólica antes e durante o festejo. Participaram personalidades dos cultos afros e ciganos. O TEATRO ITINERANTE/CENASSESSORIA participou e colaborou no evento.

CADA DUDU ARTESÃO

CADA DUDU ARTESÃO
Dudu o Rato do Beco
Da boca afiada
Verso transverso
Inverso reverso
Dudu Peralta
Perere Saci Branco
Da LAPABRASILEIRA
Que me desculpe o neguinho
Cada sílaba é rima
Cada Dudu artesão
Cada poeta rato
Cada rato formão
Escultor de uma nova história
De versos fato.

L.B - Defina a Lapa.
Dudu- tudojuntoemisturado
L.B - O que dói na Lapa?
Dudu - Excessos em excesso.
L.B - O que faz rir na Lapa?
Dudu - Arte de rua.
L.B - Você vê magia na Lapa? Sim? Não? Por que?
Dudu - Depende de que momento. Só quando lá estou.
L.B - Localize Dudu Pererê na Lapa?
Dudu - Estou num pé sujo bebendo, pitando, gritando.

Momento Oportúnico

No samba ela chega embalada
pela embolada daquele coroa da Lapa
que sabe saber no pandeiro.
Essa desinibida que chega sozinha
já está de butuca no pá-pum do meu tã-tã.
Lapeira soberba ela vem pela beira
essa arisca pantera não tá de bobeira,
está à caça à procura à espreita...
Eu finjo que não sinto a injeção de seu relâmpagolhar
mas já estava visando desde que ela entrava no bar...
Ela suavemente retira o maço de cigarros da bolsa
e num súbito oportunista de artilheiro do futebol,
faço com que meu fósforo chegue aceso
depois dela puxar o cigarro e antes de sacar o isqueiro.
MOMENTO OPORTÚNICO

TEATRO ITINERANTE

  • TEATRO ITINERANTE
  • FAROFANEWS, A MÍDIA QUE VOA
  • REDE CULTURA
  • PROJETO SOM DE TODOS

ACREDITAMOS NO PODER TRANSFORMADOR DA REDE BLOG RUA/BAIRRO.FAÇA O SEU.

Na condição de moradores da Lapa o TEATRO ITINERANTE dá mais um passo na sua pesquisa dramatúrgica. Fizemos das suas ruas local de pesquisa e observação. Seus grafites nos chamaram atenção. São Espetáculo EmoAção . Cada tela dessa é palco e picadeiro. Cada tela dessa é ato, cena e espetáculo. Cada tela dessa tem mistério e aventura. Objetivamos partilhar relatos. Não queremos deixar essa riqueza passar sem registro. Tem algo sendo dito e pintado que precisa ser dito para o mundo. O TEATRO ITINERANTE fala do “sua nação que é a Lapa ” e convoca você de todas as partes, a fazer o mesmo.
Conheça o seu bairro. Ande pelas suas ruas. Fotografe e blogueie. Linkando um blog no outro a mentira será prejudicada. Mostremos aquilo que a imprensa oficial e determinados políticos preferem esconder. Quem conhece o bonito e o feio da nossa rua somos nós.










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LAPA BRASILEIRA
Ator, Poeta e Jornalista. Acredito na arte. Contato. Marcondes Mesqueu e Vinícius Mesqueu (021)78952243(ID:24*38860 ) e 78992293 ( ID 24*16314 ) teatroitinerante.rua1@gmail.com
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LAPA BRASILEIRA

Todo dia / Toda hora
Língua na língua
Nariz na cola
Menina
Baleira da noite
Taco na bola
Essa é a Lapa
Brasileira

Cecília nos Arcos
Casa Blanca/ ACM
Capela Desterro
Do Carmo também
Asa Branca pousou
E o Circo Fundiu, voou
Pra bem longe, de bobeira
Essa é a Lapa
Brasileira

Satã, Selaron,Gatão na escada
Na Taberna tem insônia
Palmares, Nigéria, Semente
Sinuca na Joaquim
Salsa pagode eterna Venina
Atriz nua, pra sempre menina
Tá na Rua homem, mulher
Zoeira, puta, travesti
Hotel, papo besteira
Essa é a Lapa
Brasileira

San Martinho, Mosca, tango, macrô
Funck, hip- hop, choro, Angola
Negro, poeta, polícia, resistência
Na Lavradio tem samba, umbigada e feira
Menino com fome joga capoeira
Rapa ambulante / pinga na guela
Muita gata de bobeira na ladeira
Essa é a Lapa
Brasileira

24 horas trocando pneus
24 horas tocando ilusões
24 horas colocando a infância dentro de canhões

Lapa de lutas
Lapa bandeira
Lapa que é pedra
Pedra que abriga
Pedra que agride
A Lapa Brasileira.

Marcondes Mesqueu







HOMENAGEM A LUANA MUNIZ

HOMENAGEM A LUANA MUNIZ
LENDA VIVA DA LAPA

BONECA DA LAPA

BONECA DA LAPA

Boneca da Lapa
Não importa teu nome
Namora o momento
Cobra carinho
Rico, pobre,
Carrinho, carrão,
Brincadeira de adulto
Isca na esquina
Aos olhos não escapa
Boneca da Lapa

Boneca da Lapa
Bom dia
Boa tarde
Boa noite
Como vai
Ta sumida, querida.
- Já fui, já voltei...
Palavras inteiras, partidas...
Não se cobra verdades
Não se abre feridas
Vizinha séria, decente, amiga,
Que resolve a ordem no tapa
Boneca da Lapa

Boneca da Lapa
Estátua grandiosa, cheirosa,
Quando aqui cheguei
Você já era ativa
Quando aqui cheguei
Você já era lenda viva.
Que venham boates, condomínios,
Bares, policiais, camelôs,...
Passantes, passados e ausentes
Que venham presentes e dementes
Fregueses, preconceituosos, clientes
Que chegue o progresso pedindo licença,
grafite, teatro e verso
Esse terreno é de paixão, prazeres, arte ...
E respeitem a calçada
Ambiente de trabalho
Da nossa amiga vizinha
Boneca da Lapa.

XxX


NÃO QUERO QUE ME ACEITEM, DEUS ME ACEITA
Luana Muniz, moradora da Lapa, travesti , profissional do sexo, Presidente da Associação das Profissionais do Sexo, Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro.
Falo francês, italiano, espanhol e alemão. Já viajei muito pelo mundo e viajo até hoje. Aqui na Lapa não se cobra pedágio a travesti. Não queremos também travesti atentando ao pudor, roubando. Não entro em movimentos ilícitos.
Nasci em Vista Alegre. Eu era um menino alegre, porém parecido com menina. Aos 10 anos assumi que era travesti. Eu não tomei conciência. Pensei que tinha nascido errado, que era uma mulher que nasceu com piru. Comecei a tomar hormônio aos 14 anos.
Sonhei em casar, me operar, adotar uma criança. Queria ter uma família.
L.B -Como foi a reação da família e amigos?
Luana - Cresci ouvindo censuras. Eu não sabia o que estava acontecendo. Minha família ficou chocada, eu queria ser igual as minhas irmãs. Ninguém cria um filho para ser travesti. Êles queriam que eu fosse médico mas meu negócio não era jogar bola e sim cuidar da casa. Era um misto de aceitação e despreso.
Não faço apologia a prostituição mas defendo a bandeira das prostitutas como profissionais do sexo. Somos alavancas de dramas psicológicos. O cliente vem pra transar e pede pra colocar a minha roupa. Todo ser humano sente tesão no bumbum imdependente de sexo.
Vivemos na sarjeta moral. Se o travesti pudesse eliminaria o seu travesti depois do programa.
Minha religão e a das boas ações. Não tenho religião porque vão me discriminar. Eles querem mudar as minhas ações. Eu não peço aceitação, Deus me aceita. Pra que mais?
L.B - Em algum momento você sentiu tristeza ou vergonha?
Luana - Se existe algum erro em mim esse erro não é meu e sim de uma ordem divina, um poder maior do que eu. Nós temos a sensibilidade feminina e a força masculina. O lado mulher dá a beleza, elegância e fragilidade e o masculino, prepotência, fôrça e defesa.
Eu não sofro preconceito e sim despeito.
L.B - O que leva alguém a ser profissional do sexo?
Luana - Necessidade. Existe travesti talentoso e competente mas a sociedade não dá oportunidades. Nossa carreira é tão curta quanto a de jogador de futebol e modelo por isso temos que saber gastar o nosso dinheiro. Eu consegui o meu conforto com programas. Fazer os programas dá prazer. Ali eu sou a rainha. O cliente respeita, paga e não questiona. Não tem vínculo, trabalho com a razão. Tem uns que querem que eu seja mãe e me pedem carinho. Carinho não se vende. Tem mais de 50% que me procura para esconder a sua homossexualidade. Eu me defendo. Não atendo cliente grosseiro e mal educado. Nós somos mortas pelas armas dos nossos clientes.
Hoje não como carne de segunda mas eu já fui muito humilhada.
L.B – Financeiramente, vale a pena mesmo?
Luana - Ganho dinheiro, mas pra isso tenho que ser guardiam de segredos. Se eu fosse revelar os nomes daqueles que passaram pela minha cama! Desde o momento em que o travesti se expos no mercado porno através de fitas é revistas perdemos dinheiro porque acabou o mistério.
Nasci querendo ser Bárbara Straisser e um dia descobri que sou melhor do que ela naquilo que faço.
L.B -Você já se apaixonou por algum cliente?
Já. Foi no começo. Êle era gringo, eu era inexperiente . O travesti é passiva, dócil, servil e submissa como qualquer mulher. Quem me ensinou a ser homem foram os homens. Estou sempre pronta para amar. Já tive homens que me tiraram tudo e me deram tudo porque eu permiti.
O que mais me preocupa na vida é a falta de amor no mundo. Não sei lidar com a pobreza de espírito.

NÃO QUERO QUE ME ACEITEM, DEUS ME ACEITA
Luana Muniz, moradora da Lapa, travesti , profissional do sexo, Presidente da Associação das Profissionais do Sexo, Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro.
Falo francês, italiano, espanhol e alemão. Já viajei muito pelo mundo e viajo até hoje. Aqui na Lapa não se cobra pedágio a travesti. Não queremos também travesti atentando ao pudor, roubando. Não entro em movimentos ilícitos.
Nasci em Vista Alegre. Eu era um menino alegre, porém parecido com menina. Aos 10 anos assumi que era travesti. Eu não tomei conciência. Pensei que tinha nascido errado, que era uma mulher que nasceu com piru. Comecei a tomar hormônio aos 14 anos.
Sonhei em casar, me operar, adotar uma criança. Queria ter uma família.
L.B -Como foi a reação da família e amigos?
Luana - Cresci ouvindo censuras. Eu não sabia o que estava acontecendo. Minha família ficou chocada, eu queria ser igual as minhas irmãs. Ninguém cria um filho para ser travesti. Êles queriam que eu fosse médico mas meu negócio não era jogar bola e sim cuidar da casa. Era um misto de aceitação e despreso.
Não faço apologia a prostituição mas defendo a bandeira das prostitutas como profissionais do sexo. Somos alavancas de dramas psicológicos. O cliente vem pra transar e pede pra colocar a minha roupa. Todo ser humano sente tesão no bumbum imdependente de sexo.
Vivemos na sarjeta moral. Se o travesti pudesse eliminaria o seu travesti depois do programa.
Minha religão e a das boas ações. Não tenho religião porque vão me discriminar. Eles querem mudar as minhas ações. Eu não peço aceitação, Deus me aceita. Pra que mais?
L.B - Em algum momento você sentiu tristeza ou vergonha?
Luana - Se existe algum erro em mim esse erro não é meu e sim de uma ordem divina, um poder maior do que eu. Nós temos a sensibilidade feminina e a força masculina. O lado mulher dá a beleza, elegância e fragilidade e o masculino, prepotência, fôrça e defesa.
Eu não sofro preconceito e sim despeito.
L.B - O que leva alguém a ser profissional do sexo?
Luana - Necessidade. Existe travesti talentoso e competente mas a sociedade não dá oportunidades. Nossa carreira é tão curta quanto a de jogador de futebol e modelo por isso temos que saber gastar o nosso dinheiro. Eu consegui o meu conforto com programas. Fazer os programas dá prazer. Ali eu sou a rainha. O cliente respeita, paga e não questiona. Não tem vínculo, trabalho com a razão. Tem uns que querem que eu seja mãe e me pedem carinho. Carinho não se vende. Tem mais de 50% que me procura para esconder a sua homossexualidade. Eu me defendo. Não atendo cliente grosseiro e mal educado. Nós somos mortas pelas armas dos nossos clientes.
Hoje não como carne de segunda mas eu já fui muito humilhada.
L.B – Financeiramente, vale a pena mesmo?
Luana - Ganho dinheiro, mas pra isso tenho que ser guardiam de segredos. Se eu fosse revelar os nomes daqueles que passaram pela minha cama! Desde o momento em que o travesti se expos no mercado porno através de fitas é revistas perdemos dinheiro porque acabou o mistério.
Nasci querendo ser Bárbara Straisser e um dia descobri que sou melhor do que ela naquilo que faço.
L.B -Você já se apaixonou por algum cliente?
Já. Foi no começo. Êle era gringo, eu era inexperiente . O travesti é passiva, dócil, servil e submissa como qualquer mulher. Quem me ensinou a ser homem foram os homens. Estou sempre pronta para amar. Já tive homens que me tiraram tudo e me deram tudo porque eu permiti.
O que mais me preocupa na vida é a falta de amor no mundo. Não sei lidar com a pobreza de espírito.

ESSE MAGO É UM HOMEM

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SELARON, 62 ANOS, O CHILENO BRASILEIRO DA LAPA

Hoje não dá para o turista vir ao Rio e deixar de conhecer a Lapa. Podemos dizer que o bairro tem dois pontos de atração: um, são os Arcos da Lapa que, guardando a sua majestade, é igual a todos os aquedutos e o outro é a artisticamente excêntrica Escadaria do Selaron. É com esse bigodudo enigmático que diariamente faz a manutenção dos degraus da sua doação ao bairro com ladrilhos vindos de diversas partes do mundo que LAPA BRASILEIRA conversou.

Preferia morrer a voltar para o Chile. É um país muito pequeno.

O Brasil é um país fantástico. Não falta cigarro, cachaça, arroz, feijão e carne. Em Cuba não tem nada.

Onde não tem miséria? Onde existe a riqueza existe a miséria.

Aqui tem mais otário que malandro. O otário é aquele que sustenta o malandro.

Não dá pra dizer que é da Lapa e cantar roque. Pra ser da Lapa tem que cantar samba.

Toda coisa errada é mais gostosa.

Ficar careta é muito chato. Cerveja corta a caretice.

Quando vou fazer sexo fumo um cigarro normal.

Perseverança, trabalho e sorte são fundamentais.

Adoro pintar na rua, no bar... no meio das pessoas.

L.P- Por que você veio para o Brasil?
- Sou Chileno, um dia resolvi ir para Nova Iorque, mas como tive dificuldade em aprender o inglês decidi vir para o Rio, Brasil.
L.P- Fale da sua relação com a Lapa.
-A Lapa é o coração da cidade mais bonita do mundo. É um bairro de tradição. A história do Rio começou aqui. O Rei de Espanha inaugurou o Asa Branca. Isso atraiu os famosos pra cá. A escadaria ( www.escadariaselaron.com.br ) é mais famosa no mundo do que os Arcos da Lapa. ”
L.P- Qual a sua opinião sobre o jovem artista?
- Em todo mundo as pessoas não querem trabalhar e sim ser famosas. O cara é médico e quer ser igual ao Ivo Pitangui. Isso é em todas as profissões. A fama vulgariza o sujeito. A mídia te torna famoso em um minuto e no minuto seguinte te esquece. Eu esperei 16 anos para aparecer no Jornal Nacional. Pinto mulheres grávidas há 32 anos. São cerca de 300 por ano. Ainda sonho um dia pintar uma bem bonita.
L.P- Como é a tua vida no bairro?
- A Lapa, as vezes, é muito medíocre, baixo nível. Não tenho com quem conversar. Prefiro assistir o Faustão na Globo. Estou condenado a morar na Lapa por causa da Escadaria. Se eu pudesse levaria a escadaria para Copacabana em frente ao Copacabana Palace. ( ri )
L.P- Você, um artista consagrado internacionalmente, porque anda tão largado?
- Olha são 45 anos usando o mesmo estilo de chapéu e 38 com esse bigode. Eu nunca fui bonito. A coisa mais importante pra mim são os meus quadros e a Escadaria. Eu me sustento com a venda dos quadros. Dinheiro também é muito importante para o ser humano. É bom ter pra gastar. Antes de me estabilizar eu bebia cachaça no botequim da Maria Palavrão que ficava na Rua da Lapa perto da ACM. Era um local freqüentado por mendigo. Eu bebia Caninha da Roça porque era mais barata. Naquele tempo eu era viciado em cachaça. Foi difícil parar. O vício é agradável.
L.P- Qual a tua opinião sobre o consumo de droga?
- A pior droga é a farmácia. Maconha e cocaína são a minoria agora remédio! São os hipocondríacos.
L.P- Acabaram os vícios?
- Não. Adoro sal, ovo, pimenta e chocolate. O melhor bolo de chocolate está na Rua Taylor.
L.P- Como a pintura entrou na tua vida?
- Não tenho formação acadêmica. Minha faculdade é a pista. É fundamental viajar para conhecer as culturas. É bom que o artista brasileiro conheça o Brasil. Não dá pra ser famoso sem viajar.
L.P- Último recado.
- Não tenho celular. Se eu tivesse celular não daria pra gente conversar. Seria um tal de ligarem pra mim a toda hora. Meu secretário César tem ( 21 9614 78 66 ). Quem quiser me encontrar e ver minha obra o endereço é Escadaria do Selaron, 24 ou no Bar dos Chimenes, onde também gosto de pintar, que fica na Rua Joaquim Silva em frente a Escadaria.

RUAS QUE ENTRAM EM RUAS

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DJALMA E SUA ARTE

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MERCADORES DE LEMBRANÇAS

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SANTA TEREZA É DE LAPA

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